sábado, 29 de março de 2008

Elevando...




O ser humano sempre fez valer o seu direito de ir e vir, e durante muito tempo, esse foi um objetivo comum para todos.








Fosse para subir uma montanha para descobrir o que tem do outro lado, atravessar um oceano para descobrir novas
terras, colocar os pés na Lua, o tal "ir e vir" sempre esteve aliado a curiosidade sobre o mundo e o desejo de poder realizar tudo o que queria.






Junto com suas descobertas, também vinham suas novas criações, para realizar feitos cada vez mais distantes. Da roda para as primeira plataformas carregáveis até a invenção dos combustíveis para veículos automotores. Era o desejo de romper os limites frágeis de sua humanidade física através de sua, também humana, engenhosidade.





E entre charretes, ônibus, caravelas, foguetes e helicópteros, o transporte começa a evoluir também em pontos menores, mas nem por isso menos importantes. Surgem as facilidades diárias de movimentação, trocamos as escadas de piso e madeira por escadas-rolantes, pisos-rolantes e por que não dizer também elevadores?





Elevadores são estruturas mecânicas bem simples, que se baseiam no levantamento de uma carga através de uma compensação desta por meio de um contra-peso, de tal forma a poder funcionar apenas utilizando da energia gravitacional gerada pelo campo terrestre. Ou seja, servem basicamente para subir e descer.


O primeiro foi criado no século 1 a.C. por um engenheiro romano, tendo no século XIX a criação do primeiro movido por acionamento elétrico, evoluindo assim juntamente com os outros meios de transporte.





Útil e indispensável no dia-a-dia, onde a engenharia civil evolui para tentar tocar o céu, não como os homens gananciosos que construíram a Torre de Babel, mas sim pela falta de espaço útil aqui no chão mesmo. Em Salvador, por exemplo, divide a cidade em duas partes.






Apesar disso, é, muito possivelmente, um dos mais limitados de todos, pois apenas se move em uma vertical parando periodicamente em pontos pré-estabelecidos. A não ser que estejamos falando de um visionário como Willie Wonka.






E em nossa rotina diária de estudantes do pacato e distante Instituto de Química da UFRJ enfrentamos os malditos elevadores do bloco A do Centro de Tecnologia. Podem vocês acreditar, ou não, mas eles tem história para contar.



Ainda na primeira semana de aula, no ano de 2006 mesmo, corremos e seguramos uma porta daquelas pela primeira vez para não chegar atrasados em uma aula de Geral Estrutural depois do almoço grátis no Burguesão. E, de quebra, levamos o primeiro esporro de elevador.


Muitas coisas aconteceram naquele curto espaço físico, que liga o térreo aos demais andares do prédio. De garrafas de coca-cola cheias para segurar a porta, apostas de quem tirou a pior nota na prova de cálculo 4, das piadas rápidas dos professores companheiros de viagem, de ficar preso minutos solitários, de portas do segundo andar que nunca fecham, das festas quando a luz se apaga, da presença em nossos quadrinhos, dos barulhos inesperados gerados por tal máquina, e também seus comportamentos randômicos como só parar no andar que quer e quando quer.


Contudo, essa semana, nossos adoráveis aleatórios meios de transportes inseguros causaram uma crise generalizada ao Instituto, e as nossas vidas também, por que não?


Oficialmente, um incômodo à sociedade ocorre apenas quando esta manifesta sua desaprovação para com algo ocorrido ou ocorrente mediante a um responsável portado de autoridade para resolver tal problema. O incrível é como isso não gera uma solução rápida como quando ocorre com o tal próprio responsável. E foi isso que assistimos nesta semana que se passou.


Portas fechadas, aulas canceladas, intranqüilidade quanto ao futuro da Semana da Química e das nossas disciplinas esse período, reuniões com a alta "staff" da Universidade afim de se discutir algo e se resolver sem ao menos se chegar a lugar algum.


O clima de inquietação e apreensão se expandiu por todos os indivíduos que destes elevadores utilizam, até chegar ao extremo do ocorrido de ontem.


Estava eu indo conferir se teria ou não aula de física 2 (que para variar não teve), e resolver fazer uso deste bem público, mesmo custando aguardar um tempo na fila. Embarquei e chegamos então ao segundo andar, e pra variar, uma longa espera de porta quase-fechando-quase-abrindo. Após pouco mais de dez minutos de espera, o objeto metálico parece enfim conseguir romper a barreira de seu sensor estupidamente ativado pela luz do Sol causadora de um efeito fotoelétrico, só parece.


Ao estar quase se fechando a porta, uma mão diabólica surge do fundo e começa a força contra o seu sentido, então devido por um conjunto complexo de engrenagens, gerando aquele famoso e desconfortante som do aço sendo arranhado. Um dos passageiros então, indignado com o ato vândalo do apressado que não respeitou o estado quase-ferro-velho destes aparelhos e, muito menos, aos outros passageiros que tanto aguardaram, resolveu tirar a limpo essa história. Em meio a discussão e ameaças, envolvidas de palavreado chulo não aqui reproduzido, a porta enfim se fechou, seguindo ao terceiro andar, onde o passageiro revoltado desceu para resolver na mão o seu problema, seguido de um professor que pretendia evitar o problema.


É evidente que o inevitável aconteceu, até que se fizesse necessária a presença de seguranças para resolver a encrenca.


Sim, o espírito da tensão da crise se espalhou, e atingiu a todos.
Desde os atrasados até os preocupados com o que será de Processos Cinéticos.


Foram prometidos consertos, que teoricamente ocorrem no momento em que escrevo, e que semana que vem estaria tudo normalizado.


É uma crise política, econômica e cultural da sociedade que deveria servir de exemplo para a Sociedade em si.


E tudo isso, porque ninguém quer subir, no máximo sete andares, de escada.
Esses são os seres humanos, seus desejos e seus poderes.


Carlos Eduardo,
que não liga de subir de escada, mas só queria a normalidade restabelecida.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Deslises

Pode até a língua portuguesa não ser o nosso forte, mas os erros dos outros são sempre imperdoáveis.

Esses são os últimos flagras do Instituto de Química, que anda precisando estudar e escrever mais...

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Até breve,
quando a COSP e a UFRJ permitirem ^^

Carlos Eduardo
Tentando parar de ouvir Dream Theater

quinta-feira, 13 de março de 2008

Rapidinha

Não pude deixar de registrar o que vi hoje, passando por uma das Igrejas Universais aqui da redondeza... Avistei um cara com uma camisa, acho que de algum evento. E lá estava escrito mais ou menos assim:

MULTIRÃO DA FAMÍLIA

tipo, pintaram, arrancaram sei lá, qualquer coisa do tipo, descaradamente o L na camisa! Putz fiquei rindo sozinho. Nossa, se tivessem deixado o L ficaria menos tosco, provavelmente nem repararia... Se ainda fosse num cartaz... Mas era uma camisa.

Decidi então pedir ajuda ao dicionário para verificar a grafia de MUTIRÃO (alguém tem que verificar né) e descobri o seguinte:

mu.ti.rão
s. m. Ajutório.

a.ju.tó.rio
s. m. Adjutório, mutirão.

ad.ju.tó.rio
s. m. Ajuda, auxílio; ajutório.

Tudo bem, melhor ver no Google... Mas enfim, tosquera total!

(Antes que radicais me venham com três pedras na mão, não estou falando mal da Igreja, só estou citando um descuido com a nossa mãe língua purtuguêza)

terça-feira, 11 de março de 2008

Sangue Negro


Petróleo.

É em torno da ganância desenfreada do homem que se baseia o filme "Sangue Negro". Sua história se passa no início do século XX, no qual Daniel Plainview, um mineiro interpretado por Daniel Day-Lewis, vê sua vida mudar ao encontrar petróleo em suas terras. Ele começa então a investir no ramo petrolífero, ganhando cada vez mais dinheiro e poder, o que aos poucos o corrompe. O filme também fala sobre religião, tendo como principais cenas os conflitos entre Plainview e Eli Sunday, pastor de uma igreja local.

Monstruosa. Talvez essa seja a melhor definição para a atuação de Day-Lewis no filme, que prende o espectador em todos os seus 158 minutos de duração [eu, particularmente, nunca vi nada igual]. Em meio a longos discursos improvisados [sim, improvisados], gritos enraivecidos e olhares tenebrosos, o ator demonstra que mereceu todos os prêmios que ganhou.

Pena que eu não tenho tempo suficiente para escrever uma resenha digna para o filme. A faculdade, a iniciação científica e o sono não me deixam fazer isso bem. O que eu posso dizer a vocês, meus caros, é que Sangue Negro está na lista dos melhores filmes que já vi e, com absoluta certeza, merecia o Oscar de melhor filme. Eu também pude apreciar o Onde os Fracos Não têm Vez - excelente filme, por sinal - mas ainda assim não se compara ao protagonizado por Day-Lewis. Infelizmente o mesmo não teve um público tão grande quanto merecia, aqui no Rio. Agora temos que esperar sair nas locadoras.

Fica aí uma dica para vocês: vejam Sangue Negro. Abaixo vocês podem ver o trailer do filme.


http://www.youtube.com/watch?v=f3THVbr4hlY&feature=related

Abraços,

Felipe Fantuzzi

domingo, 9 de março de 2008

Of Dreams and Chaos...

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Algum tempo atrás, eu avisava aqui de um grande evento que estaria por vir. Não tem nada a ver com as putarias do ENEQUI e tão pouco com o começo das aulas. Eu falava sobre o Dream Theater.

Na última sexta-feira, cerca de quatro mil pessoas, dentre eles eu, Fantuzzi, Bruno, Jaspion, Aleatório #1, Cara-da-camisa-do-Krisiun, presenciaram um show fantástico. Não apenas pela música e pela banda em questão, mas também pela impecável produção de efeitos visuais.

Por volta das nove e meia da noite, o semáforo da formiga mudava da cor vermelha para a amarela. Era o aviso de que o início estaria próximo. Canções em suas versões instrumentais eram tocadas e imagens exibidas para criar o clima, para o que estaria por vir. E então, ele mudava para o verde...

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Poderia dizer que faltaram os clássicos e as músicas mais famosas, mas elas realmente não fizeram a menor falta. Poucas bandas tem um repertório de qualidade tão boa a ponto de escolher aleatoriamente (não estou exagerando ao dizer aleatoriamente).

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Assim, John Petrucci, James LaBrie, Mike Portnoy, Jordan Rudess e John Myung deixaram a sua marca nas memórias de cada um, facilmente percebida pelas palmas ao fim de cada música e solo e músicas cantadas por todas as vozes.

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Eles destroem. Com a técnica surreal e uma vivacidade inimaginável nas músicas quando ouvidas de gravações. Em cima do palco, tudo é diferente. Eles não erram. E acertam a alma de cada um. Seja nos mágicos solos de Petrucci e Rudess, nas contra-temporais quebradas (para os pratos, literalmente) de compasso de Portnoy e sua bateria acrílica, no Myung afinando no meio da música, e na atuação impecável de LaBrie, humildemente ajudado por outros tantos cantores movidos pelos sonhos presentes.

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E eu lembrarei que eu estava lá, e vi o show mais incrível do mundo.
E nunca mais deixarei de ir a um quando esses caras passarem por aqui novamente.

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Cuidado com o que deseja, pois pode se tornar realidade, vide In the Name of God. ^o)

Na minha o opinião, a melhor foi In Presence of the Enemies, com os seus vinte e tantos minutos de emoção. Mas é até meio injusto tentar escolher...

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Foi perfeito do início ao fim.

Obrigado Dream Theater.
Carlos Eduardo





Chaos in Motion 2008 Tour: 07/03 - Rio de Janeiro: Setlist:

01. Constant Motion
02. Never Enough
03. Surrounded ('07 versão extendida)
04. The Dark Eternal Night
05. Lines in the Sand
06. Forsaken
07. Misunderstood
08. In Presence of the Enemies

Medley:
I. Trial of Tears
II. Finally Free
III. Learning to Live
IV. In the Name of God
V. Octavarium - Razor's Edge










segunda-feira, 3 de março de 2008

E as aulas voltaram...

E começaram muito bem.

É certo que escrevo tomado por um cansaço tamanho. De certa forma, por ter acordado cedo e por andar pra caramba.
Logo, farei uma breve narrativa e deixarei os comentários em vossas responsabilidades.

Tivemos direito até a um tour pelo Fundão, como calouros, diria até mais, dois.

Entre aulas, sorteios, mudanças de inscrição de disciplinas, colagem de etiquetas, brincadeiras, e aulas, pra variar.

Um calor infernal, diga-se de passagem, assuntos devidamente em dia, e um almoço insano no Carandirú.
E claro, o Mangue/COPPE/Lugar-aleatório-atrás-do-campo-de-futebol-da-prefeitura, que fechou o início oficial de nossas atividades.

Pois bem, aí vai a imagem do dia senhores, tirada pelo fotógrafo mais discreto do grupo:

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Por todos os demônios, se o primeiro dia já foi assim, imaginem os outros?
Carlos Eduardo